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Professores e professoras, este BLOG, tem como objetivo servir de ferramenta para os participantes da Formação Continuada ( PRO AÇÃO ), promovendo assim, através do seu acesso, uma socialização de aprendizagem e troca de conhecimentos, bem como uma comunicação efetiva entre todos os profissionais da educação, do município de Assunção- PB.

Esperamos que o debate construído nesse espaço, possa contribuir para a construção de politicas e praticas educativas, tendo como aspecto central a aprendizagem com qualidade social.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Atividade EAD Fórum :Socializando a problemática

Considerando a situação problema apresentada em sala, bem como pensando nos vários atores sociais envolvidos na situação, como pais, professores, etc.; comente as implicações da realidade apresentada.

PROBLEMATIZANDO


Era um dia quente de abril. Naquela manhã ensolarada, os professores de um pequeno município no interior do país, realizavam mais uma agitada assembleia. Cada participante, segurando  faixa, cartaz ou bandeirola, exigia respeito, melhores condições de trabalho e aumento salarial.
Em meio a muitas palavras de ordem, os lideres do movimento esclareciam que era o momento da classe estar unida contra os desmandos dos poderosos locais. A professora Corina subiu ao palanque improvisado, e conclamou todos os colegas a apoiarem o movimento. Concluiu sua fala, dizendo em alto e bom som:
_Colegas, devemos nos unir e continuar nossa luta!
Era consenso, de todos os participantes do movimento, que a prefeitura municipal poderia pagar melhor remuneração à categoria. Todos sabiam que, dos recursos financeiros provenientes do Fundeb, no mínimo 60% ( sessenta por cento) deveria ser aplicado no pagamento da remuneração desses profissionais. Era certo que o  prefeito, Sr. Ribamar da Silva, não estava cumprindo essa regra e todos conclamavam: se é lei, cumpra-se!
Essa situação de tumulo, que se abateu as escolas municipais nos últimos meses, era na verdade fruto de alguns acontecimentos locais que levaram os professores á mobilização: as constantes ameaças de suspender o pagamento da gratificação aos professores do ensino infantil e fundamental, devido á falta de legislação municipal que regulamentasse o Fundeb; o estado de vigilância constante, por parte dos diretores e coordenadores da rede municipal, que lembrava a fase da ditadura militar que aterrorizou o Brasil até o final da década de oitenta e a falta de organização do conselho do Fundeb no município.
Inicialmente, os professores começaram a se mobilizar realizando pequenas manifestações públicas, reuniões, e pedidos á câmara para receberem maiores esclarecimentos sobre o Fundeb.

Para complicar ainda mais os acontecimentos o executivo local, observando a movimentação dos professores, optou pela radicalização: não efetuou o pagamento do salário de março e a devida gratificação. Evidentemente tal situação irritou ainda mais os professores, que optaram pela greve.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

FÓRUM: NOVOS INVESTIMENTOS, NOVAS POSSIBILIDADES

*O dinheiro dos royalties e o aumento do orçamento destinado à educação são fundamentais para avançarmos. Mas precisamos preparar o terreno para ampliar os investimentos de forma eficiente. Sem um planejamento rigoroso, corremos o risco de jogar uma oportunidade de ouro pela janela”. Comente as possibilidades e os limites que a aplicação desses recursos podem encontrar na prática. Além das discussões no encontro presencial, você ainda pode contar com a leitura complementar, disponível no site: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/128447-a-educacao-alem-dos-royalties.shtml. ou ainda na página do blog.

A educação, além dos royalties

A educação, além dos royalties
O trabalho das ONGs deve ser potencializado para que o projeto de ampliar a oferta de educação integral prospere, o que requer equipes preparadas
A lei nº 12.858, sancionada anteontem pela presidente Dilma Rousseff, que destina parte dos royalties do petróleo para a educação, embora seja louvável, não dará conta, sozinha, de garantir a oferta de ensino público de qualidade, fundamental para o país.
Mais recursos para educação são necessários, mas não suficientes. A qualidade da gestão educacional é também essencial para avançarmos.
O debate público tem se concentrado em dois pontos: a fixação de uma porcentagem de recursos do PIB para a educação, por meio da aprovação do Plano Nacional da Educação (PNE), que deve ocorrer neste segundo semestre, e a chegada dos royalties, que, de acordo com a presidente Dilma, devem destinar ao ensino público R$ 112 bilhões em dez anos, permitindo atingir 10% do PIB para o setor em 15 anos.
As duas questões merecem um exame mais detalhado se não quisermos ver recursos desperdiçados.
O Brasil gasta US$ 2.416 anualmente por estudante do ensino fundamental ao superior, ao passo que a média da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) é de US$ 8.354. No Chile, o gasto é de US$ 3.521 e na Argentina, US$ 3.204.
Como estamos em um sistema federativo, a aprovação do PNE não será o fim, mas sim o ponto de partida para desdobramentos decisivos. As cidades precisarão se esforçar para elaborar ou rever seus planos de educação e adequar-se às metas.
De acordo com a pesquisa do IBGE, dos 5.565 municípios brasileiros, 2.181 não têm plano municipal de educação. O PNE será um catalisador importante para reversão desse quadro. A construção dos planos municipais abre a oportunidade para se definir prioridades e estratégias em nível local, com aprimoramento da gestão dos recursos.
Experiências bem-sucedidas realizadas em outros países e já em curso em algumas redes brasileiras apontam medidas prioritárias para promover o salto de qualidade. Entre elas, atrair, apoiar e reter professores de qualidade e investir nos recursos humanos das escolas e secretarias possibilitaria aprimorar a seleção, formação e apoio de lideranças e quadros técnicos.
Outros pontos essenciais são o investimento em políticas que estimulem e apoiem as escolas no fortalecimento de suas relações com as famílias e comunidade e nos sistemas de avaliação e monitoramento, garantindo seu uso pedagógico e o controle social dos resultados de ensino e aprendizagem.
A ampliação da jornada escolar e diversificação dos currículos por meio de educação integral proposta pelo PNE será um desafio. As redes de ensino deverão adequar-se ao cumprimento da meta 6, que prevê a extensão da oferta de educação integral a 25% dos alunos e 50% das escolas de educação básica.
Contudo, o poder público terá imensa dificuldade de atender essa demanda apenas com escolas de tempo integral. A possível expansão física e a do quadro de funcionários, bem como a formação necessária desses profissionais, serão insuficientes para oferecer a jornada ampliada no prazo de dez anos.
O esforço para colocar o Brasil na rota da educação integral tende, portanto, a considerar diversas modalidades de oferta e envolver outras instâncias e arranjos da sociedade civil. Importante colocar na agenda as parcerias público-privadas e alianças com organizações não governamentais que já vêm executando esse trabalho. O trabalho das ONGs deve ser potencializado para que o projeto de ampliar a oferta de educação integral prospere, o que requer equipes gestoras mais preparadas.
O dinheiro dos royalties e o aumento do orçamento destinado à educação são fundamentais para avançarmos. Mas precisamos preparar o terreno para ampliar os investimentos de forma eficiente. Sem um planejamento rigoroso, corremos o risco de jogar uma oportunidade de ouro pela janela.