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quarta-feira, 11 de setembro de 2013

A educação, além dos royalties

A educação, além dos royalties
O trabalho das ONGs deve ser potencializado para que o projeto de ampliar a oferta de educação integral prospere, o que requer equipes preparadas
A lei nº 12.858, sancionada anteontem pela presidente Dilma Rousseff, que destina parte dos royalties do petróleo para a educação, embora seja louvável, não dará conta, sozinha, de garantir a oferta de ensino público de qualidade, fundamental para o país.
Mais recursos para educação são necessários, mas não suficientes. A qualidade da gestão educacional é também essencial para avançarmos.
O debate público tem se concentrado em dois pontos: a fixação de uma porcentagem de recursos do PIB para a educação, por meio da aprovação do Plano Nacional da Educação (PNE), que deve ocorrer neste segundo semestre, e a chegada dos royalties, que, de acordo com a presidente Dilma, devem destinar ao ensino público R$ 112 bilhões em dez anos, permitindo atingir 10% do PIB para o setor em 15 anos.
As duas questões merecem um exame mais detalhado se não quisermos ver recursos desperdiçados.
O Brasil gasta US$ 2.416 anualmente por estudante do ensino fundamental ao superior, ao passo que a média da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) é de US$ 8.354. No Chile, o gasto é de US$ 3.521 e na Argentina, US$ 3.204.
Como estamos em um sistema federativo, a aprovação do PNE não será o fim, mas sim o ponto de partida para desdobramentos decisivos. As cidades precisarão se esforçar para elaborar ou rever seus planos de educação e adequar-se às metas.
De acordo com a pesquisa do IBGE, dos 5.565 municípios brasileiros, 2.181 não têm plano municipal de educação. O PNE será um catalisador importante para reversão desse quadro. A construção dos planos municipais abre a oportunidade para se definir prioridades e estratégias em nível local, com aprimoramento da gestão dos recursos.
Experiências bem-sucedidas realizadas em outros países e já em curso em algumas redes brasileiras apontam medidas prioritárias para promover o salto de qualidade. Entre elas, atrair, apoiar e reter professores de qualidade e investir nos recursos humanos das escolas e secretarias possibilitaria aprimorar a seleção, formação e apoio de lideranças e quadros técnicos.
Outros pontos essenciais são o investimento em políticas que estimulem e apoiem as escolas no fortalecimento de suas relações com as famílias e comunidade e nos sistemas de avaliação e monitoramento, garantindo seu uso pedagógico e o controle social dos resultados de ensino e aprendizagem.
A ampliação da jornada escolar e diversificação dos currículos por meio de educação integral proposta pelo PNE será um desafio. As redes de ensino deverão adequar-se ao cumprimento da meta 6, que prevê a extensão da oferta de educação integral a 25% dos alunos e 50% das escolas de educação básica.
Contudo, o poder público terá imensa dificuldade de atender essa demanda apenas com escolas de tempo integral. A possível expansão física e a do quadro de funcionários, bem como a formação necessária desses profissionais, serão insuficientes para oferecer a jornada ampliada no prazo de dez anos.
O esforço para colocar o Brasil na rota da educação integral tende, portanto, a considerar diversas modalidades de oferta e envolver outras instâncias e arranjos da sociedade civil. Importante colocar na agenda as parcerias público-privadas e alianças com organizações não governamentais que já vêm executando esse trabalho. O trabalho das ONGs deve ser potencializado para que o projeto de ampliar a oferta de educação integral prospere, o que requer equipes gestoras mais preparadas.
O dinheiro dos royalties e o aumento do orçamento destinado à educação são fundamentais para avançarmos. Mas precisamos preparar o terreno para ampliar os investimentos de forma eficiente. Sem um planejamento rigoroso, corremos o risco de jogar uma oportunidade de ouro pela janela.

15 comentários:

  1. Mais um investimento para a educação. Eu me pergunto: será que os recursos obtidos pela camada pré-sal e os royaltes do petróleo vão ser postos em práticas como devem ser? Espera-se que não seja mais uma forma de dizer que a educação é de qualidade e na prática essa meta ainda não foi alcançada. Portanto se é de interesse das autoridades políticas melhorarem a qualidade do ensino e de uma escola para todos cabem aos mesmos investirem de maneira correta, sem deslocamento das verbas para outras situações, muitas vezes sem destino certo, mas no papel os dados estão todos bem informados.

    Postado por Damiana Moreira em 15/09/2013


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  2. O Brasil a sexta maior economia do mundo tem sua educação como um dos piores do mundo, o Catar por exemplo está investido 50 porcento do seu PIB na educação daquele País , pois seu governantes acreditam que o recurso do petróleo tem dia para chegar ao fim ,mais educação é algo infinito! Com esse 75 porcento dos royaltes para educação tem um ponto positivo se relacionar o investimento quem veem sendo feito no setor mais ai está muito á quem de um País com o porte do Brasil! tenho medo de como os governantes iram administrar esse recurso pois nada foi firma quanto ao seu uso ! pois na troca do FUNDEF para o FUNDEB nada de real pois acrescento apenas um introdução do ensino médio como educação. Isso foi mesmo uma mudança?

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  3. Concordo com Damiana, será que essa lei vai servir como investimento na Educação, espero que não fique só no papel. Pois precisamos de ação para mobilizar nossa educação, melhorando a qualidade de ensino.

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. Espero que seja mais um investimento para transformar a nossa educação e formar cidadãos críticos reconhecendo seus direitos e deveres, seja mais um ponto positivo que não fique só no papel. Que seja um investimento transformador melhorando a educação.

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  6. Espero que seja mais um investimento para transformar a nossa educação e formar cidadãos críticos reconhecendo seus direitos e deveres, seja mais um ponto positivo que não fique só no papel. Que seja um investimento transformador melhorando a educação.

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  7. Diante das leituras realizadas e das explicações no grupo, podemos perceber, que este recurso financeiro é de grande importância para educação. Porém vale salientar que o mesmo só será aplicado mediante o cumprimento de metas, e através disso podemos fazer as seguintes perguntas: Será que vamos cumpri-las ? Teremos nós, condições de ofertarmos escola em tempo integral? É colegas, dez anos é muito e ao mesmo tempo pouco. E é bem verdade que esse recurso também é pouco, como diz o autor do texto no inicio “ ... não dará conta sozinha de garantir a oferta de ensino público de qualidade.” E desse royalties o que sobrará para nós professores daqui a dez anos?

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  8. A lei nº 12.858, sancionada pela presidente Dilma Rousseff,será de grande importância para a melhoria da educação em nosso país.Espero q não fique só no papel e que consigamos cumprir com todas as metas para que realmente esses recursos sejam aplicados de forma correta,só assim teremos uma educação de qualidade.

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  9. Que a nova lei de nº 12.858 seja cumprida e que esse investimento seja aplicado corretamente na educação, melhorando a qualidade de ensino no nosso país.

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  10. O que esperamos da nova lei nº 12.858 e que seja cumprida não ficando apenas no papel, e que venha a melhorar a qualidade de ensino no nosso país.

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  11. Esses tão comentados 75% dos royaltes poderão ser um grande avanço para a educação ou não, depende de como o grupo político vai destinar esse dinheiro. Creio que não é apenas dinheiro que produz bom profissional, se assim fosse não teríamos tantos políticos incompetentes,desonestos...Desejo que nossos salários melhorem, mas que o pedagógico e o humano também seja reabilitado, respeitado e olhado como a verdadeira ferramenta para construir uma sociedade melhor e mais saudável.

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  12. Como cidadãos esperamos que esta nova lei traga para a sociedade mais investimento na educação, porém se temos uma educação de qualidade, teremos uma sociedade comprometida com as políticas públicas.

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  13. Diante das leituras realizadas e das explicações, podemos perceber, que este recurso financeiro é de muita importância para educação. Porém vale salientar que o mesmo só será aplicado mediante o cumprimento de metas. Para temos uma educação de qualidade.

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    1. Diante desta nova realidade esperamos que esta nova lei, que é de grande importância para nosso Pais, seja realmente cumprida, trazendo educação para que juntos tenhamos uma sociedade justa.

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  14. Lendo o texto e o comentário do grupo, podemos observar que a lei de n° 12.858, será de grande importância para a melhoria educacional do nosso país se realmente for aplicada de forma correta. Para que isso ocorra precisamos cumprir com as metas para que os recursos sejam aplicados, alcançadas estas metas podemos ter uma educação mais digna e de qualidade.


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